martes, 24 de junio de 2008

CARNE DO SOL

 Passeamos rumo ao nosso desconhecido e entre ingénuas fachadas e activas pedras da calçada que insistiam em pegar-nos pela mão e acompanhar-nos na troca de curiosidades, descobrimos o Porto das Barcas. Aí conversámos com armazéns que adormecem lentamente pela sua inactividade e com outros restauros de uma memória próspera em feitos, agora recordada pelas suas madeiras e paredes feitas de grandes pedras vivas na simbiose do masará que as aguenta e do òleo de baleia que as impermeabiliza. Consumindo o ar que envolvem, estavam as charqueadas: carne-de-sol desidratada pelo sol e vento. Em pouco tempo, o próprio vento que trouxe um homem rico do Sul, transformou-o em fazendeiro rico, lavrador com grande número de escravos e comerciante de renome. A denominação da cidade onde habitava ocorreu em virtude da importância do Rio Parnaíba. O denominador de todo o delta piauiense.






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