jueves, 31 de julio de 2008

Bichos, bicharracos y demás familia

Recordaba el otro día cuando subíamos al Barranco del Infierno a bañarnos en el río. Allí siempre había libélulas, zapaburus y zapateros. Recordaba también las luciérnagas en el jardín de amama, los bichos palo, los tábanos que nos perseguían, los bichos bola, los grillos a la noche, los saltamontes en la toalla, las plagas de mariquitas rojas y aquellas amarillas,... Rememoraba toda la bicharada que adorna mis recuerdos de infancia y la revivía rodeada de la fauna abundante de este trópico cada vez más caluroso. Lagartijas, libélulas, dragones, camaleones, bichos, bicharracos, escarabajos, mariposas de todos los tamaños y colores, iguanas,... En cambio, de los últimos años pocas imágenes de esta clase de insectos, reptiles y demás familia guardo en mi memoria. Será que volver a la vida contemplativa me hace fijarme en lo que allí pasaba por alto, o, simplemente, ¿será que los hemos matado a base de insecticida?

miércoles, 30 de julio de 2008

Felicidad sin Prospecto

La sabiduría popular dice que una vida feliz cura muchas más enfermedades que los medicamentos habituales. En este recóndito lugar, el Sr. Araújo ya era conocedor de ello cuando estudió farmacia, así que con su título en la mano abrió una cadena de farmacias en el estado de Piauí, y de paso, anexó a sus laboratorios una heladería. Son varias, con una curiosa oficina entre ambos comercios para gestionarlos al mismo tiempo, porque helados y aspirinas no necesitan receta. Los sabores aquí nunca los había probado allí, son de frutas milagrosas, de sabor intenso y nutritivo, de açai, de bacuri, de cajá, de cajú,... frutas que no tienen traducción al castellano pero que cumplen la maravillosa función de curar lo que duele en el espíritu, como los abrazos de madre que espantaban las pesadillas, el sana sanita que curaba con su ranita, las cucharadas de agua con azúcar o tu mano cuando prende la mía al pasear entre la multitud. Sorbetes de refrescante felicidad sin prospecto, más económica que disoluciones cada 8 horas y con momentos de placer que recuerdan que la vida esta hecha, solo, de cosas pequeñas.


jueves, 24 de julio de 2008

Las Bicicletas son para el Verano


...y nosotros ya tenemos la nuestra para el invierno, que ya acaba, para la época de viento, para la época seca y hasta que aguante. Bonita ¿verdad? Es el nuevo bólido que nos transporta de aquí para allá a una velocidad inimaginable, y lanzando llamas sobre el asfalto. ¡Tchium! ¡tchium! y un ¡tac-tac! ¡croing! de ruido de fondo, delatando piezas mal engrasadas y la sensación de que se desmontará en mil pedazos en el próximo bache. Pero nuestro Superheterodino no se rinde y me permite ser Penélope Glamour cuando compito sola en el rallie ciudadano. ¡Tiembla Pierre Nodoyuna!

jueves, 17 de julio de 2008

Mulher Vaca (II)

A mulher vaca é, talvez, o elemento espiritual mais importante da cultura das tribus indígenas do interior selvático. Dentro das crenças de uma religião que adora a natureza, idolatra os animais e reza ao Sol e à chuva, a vaca converte-se em símbolo de prosperidade, riqueza, amor e tranquilidade. As vacas não são adoradas tal como na Índia, mas igualmente gozam de privilégios no acto de serem alimentadas e cuidadas, são idolatradas e sacrificadas em datas chave para honrar aos deuses, para pedir a chuva ou em honra das festas da “comida de iniciação”.

Para os indígenas a mulher é o elemento mais importante da família, pois é ela que tem o poder criativo aplicado à terra, cuidando da família e educando o próximo no seio das suas comunidades. Como tal, o homem deve sempre cuidar e honrar a mulher da melhor maneira possível fornecendo-lhe alimentos, segurança e amor ao núcleo familiar.

As pessoas comentam que, quando numa família feliz morre a mulher, esta converte-se em mulher vaca, o espírito idolatrado que tem a função de iniciar os mais jovens no caminho da maturidade.

Quando um jovem cumpre a idade de 16 anos, para os restantes elementos da tribo, está em condições de demonstrar que é capaz da sua transformação e salto à idade adulta. Para tal, a sua mãe cozinha carne de vaca e leite, substratos de uma grande comemoração num churrasco familiar ao qual se junta a comunidade mais próxima ao redor desse jovem. Depois de três dias de comemoração à volta da mesa, o jovem parte ao pôr do Sol para a montanha. Percorre cidades, planícies sem gente, dunas debaixo de Sol, convive com outros povos e animais até chegar à montanha onde deverá finalmente enfrentar-se diante da solidão e dos ensinamentos da grande Natureza.

Dizem que quando a Natureza julga que o jovem se encontra preparado envia uma mulher vaca ao seu encontro. Ela chegará pela noite durante o seu sono, segura-lhe na mão e leva-o a passear. Conversam, sobre o grande olhar das estrelas, de respeito, igualdade, humildade, fraternidade e liberdade. Mostra-lhe que no grande manto do céu existem simbolos cada um com a função de o recordar e lembrar durante a sua vida, dos grandes ensinamentos pelos quais passou. Ao regressarem ao local onde descansava, ela segreda-lhe ao ouvido os segredos para a prosperidade, o caminho para a busca de uma companheira e a chave para a felicidade compartida no seio de uma união sem tabús, sem agressividade, com amor e imaginação.

No dia seguinte, ao acordar, o jovem e menino converte-se em homem. Acordado de um sonho profundo, daqueles em que perde a noção da sua ou não realidade, sentirá força e segurança em si mesmo. O agora homem sentirá em si a calma e a paz para decisões importantes, e sentirá que é o momento de iniciar o seu caminho de volta a casa e ao seio familiar e dai à constituição da sua própria família.

lunes, 14 de julio de 2008

Genio y Figura

Me disponía a escribir un texto sobre las cosas buenas de la vida, y una foto bonita y bla-bla-blá. Pero durante el rato que tecleaba e intentaba ajustar las letras a las palabras un pincel ha volado como por arte de magia, o de un impulso artístico -vete tú a saber- y la pared crema se a visto salpicada de motas negras al más puro estilo Pollock. En silencio, el bombero que habita en la cabeza del dunático le ha susurrado al oído la solución. Éste, provisto de un paño mojado ha intentado retirar el acrílico de la pared confundiendo lo abstracto con lo absurdo y, así, como si fuese el propio Mr.Bean en uno de sus momentos de lucidez, hemos cambiado la decoración expresionista. Ahora, en vez de manchas negras parece que tengamos filtraciones; así que, hasta que dejemos de ser huéspedes para ser anfitriones, tendremos que cerrar la puerta con llave...

viernes, 11 de julio de 2008

VIP's por dois dias

De súbito vimo-nos no meio de um considerável aglomerado de representantes da espécie que habita este planeta. Até certo momento não nos parecia mais que uma animada concentração, demo-nos porém conta, de que se tratava de consecutivas entradas e saídas de artistas de conceituado nome, de uma grande plataforma a que chamavam palco. Levantámos os braços quando o faziam, saltámos com eles, batemos palmas e o nosso corpo e sorriso acompanhou o exarcebado movimento da multidão. Acedemos a todos os lugares e camarotes motivados pelo seu desejo de serem fotografados e de nos terem mais perto do seu mútuo interesse.

martes, 8 de julio de 2008

Luces, camara y batalla


Cómo empezó la historia no lo recuerdo bien, hace mucho tiempo, allá por 1822 y todos gritábamos Liberdade! e Independência!! al paso de históricos hombres a caballo. No recuerdo si estábamos a favor o en contra, pero paseábamos entre la multitud, escondidos tras un maquillaje pesado y unos vestidos de época. Era la Batalha de Jenipapo, de suma importancia para este país, y nosotros queríamos tomar parte.

martes, 1 de julio de 2008

Dormir Deitado


Encontramos uma cidade em que todos estavam deitados e dormiam debaixo de terra, pensámos que hibernavam como alguns animais do nosso planeta, mas logo nos demos conta que eram os que tinham perecido.
Aquí, desde a Antiguidade o Homem forneceu-se de rituais para a simbolização da morte. A dança, a música, os cultos, as vestes e a sua cor, o luto, o velório, jardins, enterros, crematórios; todos eles em diferentes povos, sejam manifestação de alegria, tristeza ou medo, encontros, desencontros, têm uma única finalidade, permitir ao Homem, quando deparado com a morte, poder encontrar o começo e novas perspectivas e percepções diante da vida.