lunes, 30 de junio de 2008

INSURRECTO

"(...) Caminar por las calles mal asfaltadas, por las aceras empedradas de las que brotan salvajes raíces de árboles que no se resignan a su espacio establecido (...)"

jueves, 26 de junio de 2008

Assobiadores e Gritadores


A lua veste-se de galas e leva o seu comprido colar de diamantes. Nos seus pés o dourado pó de areia torna-se cinza na noite e cedo desprende o calor acumulado durante o dia. Não há mais luz do que os olhos que ao meu lado deixam passar os minutos contemplando a beleza da calma. O vento acaricia o lombo das dunas num envolvente som que parece transmitir mais alguma coisa. Ssshhiiiiiiiihh... e faz lembrar o barulho dos lábios entreabertos. Eolo vai ganhando força e parece que transporta o grito surdo do sofrimento eterno, a alma penada que, por perder a Fé, está obrigada a vaguear para sempre no labirinto que é a noite no dunar. Os gritos de angústia confundem-se entre a carícia do vento e o poder da imaginação: “homem que matou homem” carrega a sua alma nas costas, para toda a morte...e esse é o seu fardo até ao arrependimento. Assobiadores e Gritadores; ninguém os vê, mas o povo escuta e comenta. Se fosse eu também não queria ver.

martes, 24 de junio de 2008

PIES CON MEMBRANA


Cruzamos el río en canoa y las aguas nos cuentan historias de negociantes, contrabandistas, tráfico de esclavos y batallas de resistencia indígena contra portugueses y franceses. En las ondas del río Iguaraçú, el afluente que abraza Ilha Grande por la costa este, aparecen dibujadas siluetas de extintos indios nadadores que se mantuvieron invictos. Los Tremembés eran audaces y hábiles, apodados peces racionales, y temidos por los intrépidos que osaron navegar estas aguas. Imposibles de vencer llegaron a un acuerdo y los Tremembés cedieron sus terrenos en un trueque que la historia olvidó registrar. Los temibles peces desaparecieron sin más, ¿o se escondieron? Hay quien cuenta que las noches sin luna, los indios vuelven a tierra avalados por la oscuridad absoluta, posando sus pies membranosos en tierra firme para buscar alimentos que no se encuentran en los manglares en los que se esconden.

CARNE DO SOL

 Passeamos rumo ao nosso desconhecido e entre ingénuas fachadas e activas pedras da calçada que insistiam em pegar-nos pela mão e acompanhar-nos na troca de curiosidades, descobrimos o Porto das Barcas. Aí conversámos com armazéns que adormecem lentamente pela sua inactividade e com outros restauros de uma memória próspera em feitos, agora recordada pelas suas madeiras e paredes feitas de grandes pedras vivas na simbiose do masará que as aguenta e do òleo de baleia que as impermeabiliza. Consumindo o ar que envolvem, estavam as charqueadas: carne-de-sol desidratada pelo sol e vento. Em pouco tempo, o próprio vento que trouxe um homem rico do Sul, transformou-o em fazendeiro rico, lavrador com grande número de escravos e comerciante de renome. A denominação da cidade onde habitava ocorreu em virtude da importância do Rio Parnaíba. O denominador de todo o delta piauiense.






domingo, 22 de junio de 2008

Cabeça debaixo de Dunas

La expedición Dunática aterrizó hace algunas semanas en tierras desconocidas y todavía estamos sorprendidos por la naturaleza del lugar. Instalamos el campamento base en Parnaíba, en el estado de Piauí, y al fin hemos conseguido poner en funcionamiento el centro logístico con finalidad de enviar noticias frescas e informes regulares.

Para já com poucas referências caminharemos em busca de pontos que se coadunem com os interesses e motivações dos restantes Dunáticos para que brevemente possam aterrar mais e juntarem-se a nós o tempo que lhes convenha.